quarta-feira, 29 de julho de 2009

17ª MARATONA PÃO DE AÇUCAR DE REVEZAMENTO – SÃO PAULO

Na data de hoje, recebi da amiga Luciane sugestão para que participássemos como Equipe na Prova a ser realizada no dia 20/09 17ª MARATONA PÃO DE AÇUCAR DE REVEZAMENTO—SÃO PAULO. Sendo assim gostaríamos de saber se existem interessados em participar para que possamos montar os grupos, uma vez que a ordem de inscrição na Equipe corresponde a distância a ser percorrida por cada participante.

Abaixo algumas informações importantes:

Encerramento das inscrições: 20 de agosto ou quando alcançar o limite de participantes por Equipe.
Valor da Inscrição: R$ 55,00 por participante.
As Equipes podem ser formadas por 2, 4 e 8 participantes.

Distâncias a serem percorridas de acordo com as Equipes:

8 Participantes (1º corre 6.396,63m do 2º ao 7º correm cada um 5.274,38m e o 8º corre 4.152,12m);
4 Participantes (1º corre 11.264,00m o 2º e o 3º correm cada um 10.548,75m e o 4º corre 9.833,50m);
2 Participantes (1º corre 22.637,75m e o 2º corre 19.557,25m).
Maiores informações podem ser obtidas no site www.maratonaderevezamento.com.br

Conforme forem aparecendo interessados vamos anunciando em nosso Twitter para que possamos formar as Equipes. Importante ainda ressaltar que as Equipes podem ser mistas (homens e mulheres) ou não, e podem ser formadas por participantes de idade variada. Sendo assim, está lançada mais uma proposta de corrida para os amigos da equipe “Matungo, Pangaré e Amigos”.

Queria lembrar a todos que ainda temos camisetas femininas da Equipe Matungo, Pangaré e Amigos para vender nos tamanhos P, M e G. Sendo assim se houverem interessadas contatar através do e-mail: quatrocorredores@bol.com.br . A camiseta é feita de material específico para a prática esportiva e foi elaborada pela estilista Mônica Maradei. Maiores detalhes em nosso sítio na página “Shopping”

Com relação a nossa organização de uma maneira geral, continuo aguardando a manifestação dos amigos via e-mail até o dia 30 de julho quanto a escolha do dia e da hora para a realização de nossa reunião através de nossa sala de “Bate Papo” . Como sugestão estamos propondo para a respectiva escolha os dias 01 ou 02 de agosto (sábado ou domingo) e os horários das 9:00, 15:00 ou 21:00.

Os assuntos a serem discutidos inicialmente seriam:

Maior integração da Equipe e idéias para motivar e criar um sentimento de equipe que possibilite nossa participaçãode maneira mais coletiva e menos dispersa;Escolha de provas em São Paulo ou em outras cidades (Osasco, Praia Grande, Mongaguá, Peruíbe, Cubatão e Guarujá) onde a maioria de nossos amigos se comprometeriam a participar de maneira efetiva (maior representatividade);

Possibilidade de criarmos um instrumento de arrecadação espontâneo para a manutenção e serviços de apoio. Regras para a utilização dos recursos existentes em nosso caixa para despesas com serviços de apoio sem que necessariamente todos estejam participando do evento e ou pagamento de inscrições para amigos menos favorecidos;

Voluntários para participar de maneira mais ativa na elaboração de nosso sítio, personal trainer da equipe em Santos e em São Paulo, contabilidade e vendedor de camisetas.

Abraços - Marildo Nascimento

sábado, 18 de julho de 2009

Equipe Matungo, Pangaré e Amigos não é fraca, não!

Demorei um pouco para escrever sobre nossa Equipe e seus freqüentes resultados positivos em razão de uma série de situações que devo agora explanar com muita calma.
Em primeiro lugar precisava encontrar as palavras corretas para elogiar essa rapaziada que vem de maneira contínua obtendo lugar de destaque nos respectivos pódios de diversas provas realizadas em Mongaguá, Guarujá, Peruíbe e Santos. Vou me alongar um pouco nesse parágrafo uma vez que é preciso descrever com clareza a garra e a motivação dessa rapaziada que mesmo sem uma orientação profissional adequada vem mostrando que superar dificuldades e suar muito em nosso manto sagrado (regatas/camiseta) é uma característica dessa Equipe. A união existente entre seus componentes tem feito com que até a condução ao local da prova seja elaborado de maneira amiga e coletiva. Nossos amigos têm procurado se deslocar aos locais sempre em conjunto e nesses deslocamentos o bate papo tem sido sempre a possibilidade de uma premiação ao final da prova ou mesmo o incentivo de uns para os outros com a finalidade de que o grupo obtenha sucesso.
Quando inicialmente eu (Pangaré) e o amigo Roberto (Matungo) pensamos em montar uma Equipe de Corrida tivemos a preocupação de que ao fazê-lo teríamos como princípio básico o incentivo a prática esportiva e a integração social. Hoje, vemos que fomos muito adiante do que pensávamos, pois além de obtermos um grupo de amigos sinceros e honestos, temos também, uma Equipe que está se tornando muito competitiva.
Infelizmente ainda não temos uma estrutura que possibilite uma organização maior que com certeza daria aos nossos amigos maior possibilidade de brilhar, entretanto, brilham os nossos olhos quando vemos essa empolgação geral e a humildade de todos a cada etapa superada e a cada obstáculo vencido.
Sabemos até que por motivo de ser algo considerado paralelo e não prioritário, pois não vivemos do esporte e temos de trabalhar em outro ramo para obter nosso sustento, e ainda por ser algo totalmente sem finalidade lucrativa, a criação dessa Equipe vem sendo por nós avaliado como um grande sucesso, pois se tivéssemos mais tempo para batalhar por mais parcerias ou mesmo patrocínios, e mais amigos ajudando nessa construção, já estaríamos num patamar de organização que daria aos participantes do grupo, maiores condições de obter melhores resultados. Entretanto, não podemos deixar de mencionar que a existência de um sítio (www.4corredores.com.br), de um blog, de uniformes, de certa quantia de recurso financeiro em caixa e dos atuais parceiros já é algo bastante palpável e motivo de muito orgulho para nossa coletividade.
Sendo assim, é preciso enaltecer todos aqueles que se juntaram ao nosso grupo e que entenderam nossos princípios e idéias e vem a cada dia honrando mais e mais nossa Equipe, sempre demonstrando muito orgulho e prazer em vestir nosso uniforme.
Desta forma não posso deixar de comentar a respeito dos amigos Wandyck, Miguel, João Paulo, Marcos Alberto, Clayton, Luciane, Dalva e Margareth que vem despontando no Campeonato Santista de 2009 e obtendo pontuação nas diversas categorias. Vale lembrar que o nosso amigo Wandyck já obteve pódio nas duas etapas do respectivo campeonato.
Brilhamos também no Circuito das Praias (Th5eventos) onde após duas etapas temos os seguintes amigos que conseguiram premiação em suas categorias. Na categoria 30 a 34 anos o Clayton encontra-se em 4º lugar com 36 pontos obtidos em razão de seu 5º lugar na 1ª etapa e 6º lugar na 2ª etapa. No Geral Feminino nossa amiga Luciane encontra-se em 10º lugar e na categoria 30 a 34 anos em 1º lugar em razão de seu 2º lugar obtido na 1ª etapa e do seu 1º lugar na 2ª etapa.
Já no Circuito Mongaguá de Corridas, as premiações foram maiores e na sua 3ª etapa tivemos o amigo Clayton no pódio no 5º lugar na categoria 30 a 34 anos com o tempo de 37m e 12s. Tivemos também o amigo Paulo (estreante na Equipe) no pódio no 4º lugar na categoria (50 a 54 anos) com o tempo de 40m e 32s. Marcos Alberto (Gaúcho) também foi premiado com o 3º lugar em sua categoria 55 a 59 anos com o tempo de 41m e 48s e a amiga Luciane foi premiada com o 1º lugar na sua categoria 30 a 34 anos com o tempo de 46m e 45s. Vale lembrar que nessa etapa fomos premiados pela primeira vez com o 3º lugar por Equipe Masculina.
No Circuito Guarujaense - 1ª Etapa conseguimos mais um pódio, em razão do desempenho da amiga Luciane que obteve a 4ª colocação na categoria 30 a 34 anos com o tempo de 47m e 29s. Sem falar que no 4º Desafio da Mata Atlântica também num processo de muita superação e esforço conseguimos mais um pódio com o 5º lugar na categoria 65 a 69 anos obtidos pelo Sr. Miguel, com o tempo de 1h e 05m. Vale ressaltar que o amigo Miguel não deixa de utilizar nosso uniforme em competição alguma que participe, mostrando muito orgulho e satisfação por fazer parte de nosso grupo.
Ao terminar esse texto não posso deixar de considerar e enaltecer outros amigos até aqui não citados e pertencentes à Equipe que vem de maneira soberba melhorando seus tempos e fazendo desse esporte algo de prazer e descontração. Pessoas que eram sedentárias e que hoje graças à motivação e o apoio dos amigos, praticam constantemente exercícios físicos sempre buscando uma melhor qualidade de vida e uma integração social plena e satisfatória. Parabéns aos amigos, Mark, John, Fossa, Toninho, Wander, Dinho, Nilson, Débora, Solange, Patrícia, Ana, Cícero, Celso, Cássio, Amaral, Jorge, Edson, Claudio, Luis Claudio, Marcos Henrique, Guilherme, Jonas, Vinicius, Nilton, Paulus, Jerdal, Andréa, Fábio, Sidney, Léo, Mayumi, Manuel, Theo, ou seja, a todos que efetivamente tem participado e contribuído para a sustentação desse projeto e feito do esporte algo para a busca de saúde e felicidade.
Esperamos estar contribuindo para que outras pessoas ao lerem esse texto nos procurem e se juntem ao nosso grupo fazendo com que essa idéia se solidifique e mantenha-se consolidada por muitos e muitos anos.
Um grande abraço
Marildo Nascimento

domingo, 12 de julho de 2009

Um corredor amador e a arte da felicidade

Recentemente, por indicação médica (Dr. Milton Mizumoto), fui aconselhado a ler o livro “A Arte da Felicidade – Um Manual para a Vida” escrito por sua Santidade, o Dalai Lama e por Howard C. Cutler. Esse conselho teve como princípio o início de um tratamento que visa eliminar uma certa ansiedade que provavelmente é a causa de uma série de alterações em meus exames de colesterol, triglicérides e diabetes.
Foi-me ainda prescrito que essa leitura deveria ser feita sem pressa e de maneira paulatina, afim de que seu conteúdo fosse incorporado em minha mente de forma radical e definitiva e que servisse como motivo para uma série de reflexões que pudessem alterar o meu comportamento e conseqüentemente meu sistema nervoso, ou vice versa.
Após alguns capítulos lidos, fiquei impressionado com algumas colocações feitas e suas relações diretas com as corridas e sendo assim não posso deixar de escrever sobre elas.
A primeira delas é sobre a expressão: “A felicidade é determinada mais pelo estado mental da pessoa do que por conhecimentos externos”. Interessante que ao praticar a corrida conseguimos alcançar momentaneamente um nível geral de felicidade que pode produzir uma sensação temporária de enlevo ou de depressão dependendo do sucesso ou fracasso obtido nas provas. Entretanto, existem passos que podem ser dados para trabalharmos o “fator mental” afim de que possamos aumentar nossa sensação de felicidade. Na realidade o fato de nos sentirmos felizes ou infelizes, a qualquer dado momento costuma ter muito pouco a ver com nossas condições absolutas, mas é, sim, uma função de como percebemos nossa situação, da satisfação que sentimos com o que temos. Podemos aumentar nossa sensação de satisfação com a nossa performance quando da execução de exercícios comparando-nos com os que são menos afortunados com relação a prática esportiva e refletindo sobre tudo o que fazemos e temos. Vale à pena pensar sobre isso!
Uma segunda colocação é a de que “O primeiro passo na busca da felicidade é o aprendizado”. O livro menciona o fato de que precisamos antes de mais nada, aprender como as emoções positivas são benéficas e nos conscientizar de como certas emoções negativas são prejudiciais e danosas somente para nós mesmos. Esse tipo de conscientização aumenta nossa determinação para encará-las e superá-las. Não importa qual seja a atividade ou a prática a que queiramos nos dedicar, não há nada que não se torne mais fácil com treinamento e a familiaridade constante. Por meio do treinamento, podemos mudar, podemos nos transformar. Realizar atos salutares pode não nos ocorrer naturalmente, mas temos de fazer um treinamento consciente nesse sentido. A adoção da felicidade como um objetivo legítimo e a decisão consciente de procurar a felicidade de modo sistemático podem exercer uma profunda mudança no restante de nossas vidas. Importante que reflitamos sobre o que realmente tem valor na vida, o que confere significado a nossa vida e fixemos nossas prioridades com base nisso.
Como praticantes de corrida de rua muitas vezes buscamos situações que possuem valor entendível e mensurável somente para os que praticam, sendo estranhos ou sem valor para aqueles que ainda não incorporaram a prática esportiva como algo importante e imprescindível. Nesse caso vale à pena também pensarmos sobre o assunto e refletirmos na importância dessa relação.
Outra abordagem muito interessante é com relação à “mudança de perspectiva” definida como a capacidade de encarar os acontecimentos a partir de pontos de vista diferentes. É preciso entender que todos os fenômenos, todos os acontecimentos, apresentam aspectos diferentes. Tudo tem uma natureza relativa. Quem de nós após uma corrida, apesar de concluída com relativo sucesso, não desdenhou da própria participação, sem lembrar que muitos não conseguiram ou não conseguiriam aquele intento? Quando se olha apenas para o acontecimento de forma isolada, ele parece ser cada vez maior. Se focalizarmos muito de perto, com muita intensidade, ele parece incontrolável. Porém, se compararmos aquele acontecimento com algum outro acontecimento de importância, se avaliarmos o mesmo problema com algum distanciamento, ele irá nos parecer menor e menos avassalador. Pense nisso!
Encerrando não posso deixar de comentar aspectos importantes de como lidar com a ansiedade e reforçar o amor-próprio. Esse parágrafo me parece totalmente destinado a pessoas como eu que passam diariamente correndo de um lado para o outro de forma incansável. A ansiedade pode prejudicar o discernimento, aumentar a irritabilidade e bloquear nossa eficácia geral. Pode ainda, levar a problemas físicos, entre eles incluídos a redução da função imunológica, as doenças cardíacas, os transtornos gastrintestinais, a fadiga, a tensão e a dor muscular. Cultivar a compaixão e aprofundar nossa ligação com os outros pode promover a boa higiene mental e ajudar a combater estados ansiosos.
Dalai Lama sugere ainda como medida para reduzir o sentimento de preocupação o seguinte pensamento: “Se a situação ou problema for tal que possa ser resolvida, não há necessidade de preocupação. A atitude acertada consiste em procurar a solução, sendo mais sensato gastar energia voltando à atenção para a solução do que nos preocupando com o problema. Por outro lado, se não houver saída, nenhuma solução, nenhuma possibilidade de equacionar o problema, também não fará sentido nos preocuparmos já que não poderemos fazer nada a respeito mesmo. Nesse caso, quanto mais rápido aceitarmos esse fato, menos ele nos incomodará”. Pensar nisso nos ajuda a aliviar nossa ansiedade.
Importante ainda mencionar o quanto a motivação sincera atua como antídoto para reduzir a ansiedade. Se formos motivados por um desejo de ajudar alicerçado na generosidade, na compaixão e no respeito, poderemos realizar qualquer tipo de trabalho em qualquer campo e funcionar com eficácia muito maior, com menos receio ou preocupação, sem ter medo da opinião dos outros, sem temer se acabaremos tendo sucesso ou não na realização do nosso objetivo, poderemos ter a boa sensação de pelo menos ter tentado. Quanto mais nos aproximamos de ser motivados pelo altruísmo, tanto mais destemidos nos tornamos, mesmo diante de circunstâncias extremamente propensas a gerar ansiedade. Nesse momento pensei sobre o quanto gostaria de correr uma Maratona mesmo sabendo que ainda corro com dificuldades uma Meia.
No que se refere ao amor-próprio, quando baixo, inibe nossos esforços para avançar, para enfrentar desafios e até mesmo para assumir alguns riscos necessários na busca da realização dos nossos objetivos. O excesso de confiança em si mesmo pode ser igualmente nocivo. Aqueles que sofrem de uma noção exagerada das suas próprias capacidades e realizações estão permanentemente sujeitos a frustrações, decepções e acessos de raiva quando a realidade se manifesta e o mundo não corrobora a visão idealizada que têm de si mesmo. A superioridade desses indivíduos costuma resultar numa noção de arrogar-se direitos e numa espécie de altivez que os distância dos outros e impede relacionamentos satisfatórios em termos emocionais.
Superestimar sua capacidade pode levá-los a assumir riscos perigosos. Cada um precisa conhecer seus limites! Em geral, creio que ser honesto consigo mesmo e com os outros a respeito do que se é ou do que não se é capaz de fazer pode neutralizar essa sensação de falta de auto-confiança.
Novamente pensei muito sobre a possibilidade de no futuro correr uma Maratona, sem que isso causasse problemas ou riscos de saúde para mim. Restariam ainda as seguintes perguntas: Você conseguiria trazer esses ensinamentos para o nosso dia a dia de corredores amadores? Quem ainda em seu blog não mencionou que a prática esportiva da corrida participativa conduz à felicidade? Quem ainda não foi excessivo em seus treinamentos e em sua própria auto-avaliação? Quem ainda não desdenhou seus próprios feitos julgando-se superior a aquilo que realmente é? Por que não buscamos constantemente fatores positivos em situações negativas?
Igualmente, posso dizer que perguntas desse tipo não mais me incomodam, pois, após a leitura recomendada, aprendi que a disciplina interior é à base de uma vida espiritual e esse é o método fundamental para se alcançar a felicidade. A partir de sua perspectiva, a disciplina interior envolve os combates aos estados mentais negativos, tais como a raiva, o ódio e a ganância e o cultivo de estados mentais positivos, tais como a benevolência, a compaixão, o perdão e a tolerância. Uma vida feliz é construída sobre um alicerce propiciado por um estado mental estável e tranqüilo e esse deve ser o parâmetro a ser utilizado na busca de nossos objetivos e conquistas.
Um grande abraço
Marildo Nascimento

terça-feira, 7 de julho de 2009

Meia Maratona das Cataratas – Um sonho realizado!

Chegar a Foz na quinta feira (02/07) para correr uma Meia Maratona era um sonho que me vinha perturbando há algum tempo. Sem saber como seria a prova, os 21.098 km me assustavam muito. Obtive informações de amigos de que a prova não era fácil em razão de seu percurso cheio de subidas e descidas. Para um cara que treina só no plano e que não estava conseguindo fazer nem 13 km, o desafio seria imenso.
Bem, mas nem sempre as coisas são como a gente acha que serão. Minha viagem foi tranqüila e o fato de eu ter ido acompanhado de mulher e filha foi algo muito agradável e que distraiu muito na hora do vôo tanto na ida como na volta, afastando assim o possível medo do avião. Na chegada em Foz do Iguaçu logo fui surpreendido pela forma como funcionam os taxis da região. Conforme informação local os taxis são regulados naquele local pela prefeitura e o valor é definido por um responsável. Logo senti que a coisa não seria fácil... Cobraram-me R$ 25,00 para um percurso de menos de 4 minutos. Fiquei no Iguassu Holiday Hotel na Avenida das Cataratas, local da prova.
No hotel foi tudo como combinado, perfeito o atendimento e o quarto exatamente como me foi descrito. Esse hotel vale a pena ser utilizado quando da participação nessa corrida, pois além de seu preço ser bom ainda é possível parcelar e negociar um chorinho... Risos
Logo entrei em contato com a empresa Loumarturismo para obter um pacote que incluísse passeios pelo Paraguai, Argentina e o famoso Macuco Safári e posso garantir a vocês que não é nada fácil negociar com essa rapaziada. Você pode fazer também esses passeios com os taxistas ou mesmo alugar um carro, mas posso garantir que também não será nada fácil não ser explorado. O local explora literalmente o turismo! Não que isso esteja errado, pois a cidade só vive disso, mas acho que é preciso um pouco mais de classe para que o cliente fique feliz e não se aborreça. Deixa para lá... nada disso tem importância quando você estiver passeando no lado Argentino e vendo de frente as maravilhas brasileiras, ou mesmo quando você estiver dentro de um bote navegando em alta velocidade em direção das cataratas, se molhando todo e rindo muito de toda aquela situação. Adrenalina total... Imperdível!
O passeio no Paraguai para mim foi meio decepcionante, muita sujeira e pobreza. Os taxis de lá são verdadeiras sucatas! É preciso muito cuidado com as compras, pois falsificações é o que não faltam, e os preços não me pareceram muito diferentes dos praticados em São Paulo. Valeu mesmo foi o passeio e conhecer os nossos vizinhos mais de perto. A Churrascaria Rafain também é algo que não pode deixar de ser feito. Essa casa de espetáculo é excelente e o divertimento além da comida é algo que não pode ser desprezado
Tudo isso fiz na sexta e no sábado com muito sol, sendo que na noite de sábado não tive sequer energia para ir ao Jantar de massas no Mabú Hotéis & Resorts. Dormi que nem um anjo lá pelas 20 horas.
No domingo acordei por volta das 6 horas e tive uma grande surpresa. Estava chovendo... Nada muito forte, porém a temperatura estava razoavelmente baixa. O dia bastante escuro preocupava, já que eu teria de ir a pé até o local da largada, cerca de 1 km, por uma estrada totalmente sem iluminação. Tomei um café com muitas frutas vesti uma camisa de manga cumprida e coloquei por cima o manto sagrado dos “Matungos e Pangaré” feito especialmente para essa prova. Com shorts da Adidas, meia Lupo e tênis da Sprint, lá fui eu para a aventura que seria algo que tenho certeza jamais vou esquecer!
Logo na largada encontrei o amigo Guilherme que me procurou desde sexta para falarmos e por minha falta de inteligência, somente naquele momento estava comigo. Deixei meu celular desligado no cofre do hotel todos aqueles dias e me desculpei muito com ele por minha falha. O Guilherme é um grande amigo! Ficamos antes da largada falando sobre nossos outros amigos que poderiam estar ali conosco, mas que por “n” razões não compareceram. Naquela hora não era momento de lamurias e trocamos idéias sobre passeios e comentei com ele a loucura que ele estava fazendo de viajar de ônibus, no que ele me falou que havia viajado 15 horas para estar ali com os amigos. Depois me falou que iria voltar a São Paulo de avião e que a passagem estava marcada para aquele dia para aproximadamente meio dia. Lamentei o fato de ele não poder voltar conosco na segunda no vôo das 14 horas.
A largada da prova foi dada às 7 horas e 30 minutos e ainda estava noite, chuviscava. Corri ao lado do Guilherme quase 2 km e depois achei melhor manter o meu ritmo mais lento, pois queria correr essa prova toda sem caminhar. E assim foi... Lá pelos 4 km fui reconhecido por algum conterrâneo que passou gritando “tem cara de Santos na prova!” de imediato acenei e reparei que em sua regata estava escrito E.C. Tumiaru, clube da região da baixada. A entrada no Parque Nacional do Iguaçu no Km 9 foi só alegria. Muitas crianças com as mãos estendidas pedindo para que fossem saudadas foi algo emocionante.
Até o Km 13 parecia um sonho. Não sentia dores e estava conseguindo manter o ritmo dos meus treinos (6 m e 15 s). Parece algo psicológico, mas quando chego nessa etapa da meia, me bate uma vontade louca de abandonar tudo... Fico pensando: - O que estou fazendo aqui? Mas dessa vez não. Sentia-me muito bem e entendia perfeitamente o que eu estava fazendo ali... Divertindo-me muito! Não me lembro à última vez que me senti dessa forma recentemente.
No km 17 estava inteirão e resolvi apertar o passo. Entretanto, preciso comentar que nessa prova estreei meu relógio e cinta para controle dos batimentos cardíacos Suunto e para meu total desespero meus batimentos em razão das subidas naquele momento ultrapassaram o limite máximo estabelecido pelo relógio de 176 bpm. Assustei-me, pois logo em seguida vi um rapaz bem mais novo que eu cair e ser recolhido pelo atendimento médico. Olhei meu tempo e vi que conseguiria pela primeira vez chegar antes de 2 horas, mas imediatamente pensei em tudo que falo sobre correr apenas em busca de saúde e qualidade de vida e como seria desagradável se algo me acontecesse para minha mulher e filha e decidi que iria mais devagar sendo que meus batimentos em coisa de minutos voltaram a cada dos 160 bpm.
Do Km 18 ao final fui acompanhado por um rapaz de Foz de Iguaçu que muito me incentivava e que mencionava a importância de nossa participação na festa. Falou algo que ficou gravado em minha mente “A festa é feita por nós e para nós. Os atletas profissionais são algo a parte. Sem a gente isso seria muito sem graça”. Conheci no dia do embarque (06/07) a corredora Marily dos Santos que ficou em 2º lugar e foi a primeira brasileira na prova e para minha surpresa me falou que a corrida sem a nossa participação seria algo muito sem graça e que o bonito é ver aquela massa de pessoas chegando super feliz por ter conseguido terminar a prova. Nunca pensei que profissionais se importassem com nós pobres mortais... Mas estou errado. Eles vibram muito com a gente e adoram apoiar nossos projetos e incentivar nossa participação com responsabilidade. Essa menina, muito humilde, vai longe, pois além de grande corredora é uma grande pessoa. Fiquei muito feliz de conversar com ela, que conheceu minha mulher e filha e procurou nos momentos que ficamos no aeroporto conversando incentiva-lás a participar de maneira mais efetiva em outras provas.
A chegada foi linda! Uma última subida com uma bela descida até o tapete vermelho dos reis... Não sei por que toda vez que piso naquele tapete vermelho penso nisso... Agora vou ser recebido pelo rei... Risos e não dá outra... Sempre sou agraciado com uma medalha comemorativa de um reino por onde passei... E esse de Foz vai ficar para sempre em minha mente. Meu tempo foi de 2 horas e 15 minutos, corri a prova inteira, porém dessa vez senti que isso não tinha a menor importância, pois sei que, se eu quisesse poderia ter chegado bem antes, entretanto, posso afirmar que minha chegada foi muito tranqüila e que consegui ainda numa boa bater aquele papo com o amigo Guilherme que já havia chegado há muito tempo e que estava inclusive com frio em razão de estar todo molhado da chuva e com dificuldades de pegar seu material que ficou no guarda volumes.
A organização da prova esta de parabéns, pela água em muitos pontos da corrida, pelo hidrotônico dado até aos mais lentos durante a prova e no final, pela camiseta feita num tecido específico para corredores, pela medalha muito bonita e pelo bichinho de pelúcia (símbolo da prova) e CD das Cataratas dado a todos os corredores no dia da retirada do Kit que foi muito fácil e rápida.
Logo fui encontrado por minha mulher e filha que estavam me aguardando na chegada para aquele almoço no Restaurante Porto Canoas, isso depois de percorrer e tirar muitas fotos nas Cataratas que estavam muito cheias. À tarde ainda teríamos um passeio no Parque das Aves. Local também imperdível e que não deve deixar de ser visto.
Na segunda pela manhã ainda fomos à Argentina para últimas compras. Encerrada nossa viajem em Santos por volta das 21 horas com a presença de meus outros dois filhos que vieram nos buscar no ponto final da empresa Trans Litoral que nos trouxe de Guarulhos. Exceto a saudade dos filhos que ficaram, restou uma imensa vontade de agradecer a minha mulher e filha (aniversariante) pela companhia e aos amigos que inventaram essa maluquice toda... muito maravilhosa. Obrigado do fundo do coração rapaziada. Vocês foram ótimos! Agradeço muito inclusive aos amigos Fábio e Jorge pelo apoio de sempre e pelas palavras de incentivo. Essa viajem renovou totalmente meu espírito e meu corpo... Rejuvenesci pelo menos uns 5 anos... Risos ... Muitos risos

quarta-feira, 1 de julho de 2009

FOZ DO IGUAÇU... UM GRANDE PASSEIO OU UM PESADELO?

Acabo de chegar de meu último treino antes da corrida das Cataratas. Foi uma lástima!
Mais uma Meia Maratona para este, que mal e parcamente, consegue correr 13 Km. Minhas perspectivas para essa prova não são nada boas. Treinei no mês de junho bastante, mas não consegui obter um rendimento razoável. Não sei se é por causa de meus problemas com o diabetes, colesterol ou com a cabeça... que não anda nada boa... muito pessimista para o meu próprio gosto.
Nem sequer consegui fazer um longão!
Entretanto, nada disso vai me impedir de ir a Foz para pelo menos passear nas Cataratas e ver de perto o vírus da gripe suína. Mais importante do que a prova, vai ser estar com minha mulher e filha nesses dias. O frio com certeza vai nos maltratar, o medo de avião vai nos preocupar muito, entretanto visitar o Parque das Aves e Macuco Safari com certeza vão nos animar. Dar aquele pulinho na Argentina e Paraguai faz parte da festa!
Da largada até a entrada do Parque Nacional do Iguaçu são aproximadamente 9Km e com certeza nesse local eu chego...risos... bem, dentro do parque aí é que começa o passeio... muitos risos... e chegar nas cataratas vai ser puro sonho! Terei 2horas e 30m para percorrer os 21Km e se tudo der certo devo chegar em cima da hora do encerramento da prova. Porém podem ter certeza de uma coisa, vibrarei como se estivesse chegando em primeiro lugar...risos
Meu amigo Guilherme já confirmou sua participação e com certeza nos encontraremos para aquele bate papo e muitas fotos. Na volta conto com detalhes como foi o sufoco para completar a prova.
Não posso deixar de registrar ao final meu desapontamento pela desistência dos amigos que haviam combinado de se inscrever para esta prova e que por inúmeros problemas, inclusive de saúde, deixarão de ir. Fico desapontado sim, pois, eu adoraria encontrá-los para aquele papo furado de corredor e ainda aquela participação conjunta que com certeza ficaria na memória para sempre. Não faltarão oportunidades para nos reunirmos tenho certeza disso.
Até o meu retorno (06/07) com muitas novidades.
Abraços
Marildo Nascimento