MEIA MARATONA DO RIO DE JANEIRO- UMA GRANDE PROVA

Amigos da equipe 4 corredores, pensei em fazer este relato após participar da Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro no domingo 21 de agosto. Posso resumir em 2 palavras; sensacional e inesquecível. Minha corrida começou já no aeroporto, pois para variar cheguei atrasado e tive que correr para o check in e embarque. Chegando ao Rio fui para o hotel Novo Mundo no aterro do flamengo, muito bem localizado, perto da chegada (indicado pela organização,) estando ele praticamente lotado de corredores. O hotel tem tradição com corredores, possui horários diferenciados para o café da manhã no dia da prova e jantar especial (massas) na noite anterior a corrida. Aprovado com louvor. Mas vamos lá. Desembarquei no hotel e fui buscar meu kit num local ali próximo (MAM – Museu da Arte Moderna). Talvez a única falha aconteceu neste momento, pois o sistema de entrega de kit estava sendo alimentado por um gerador de energia e de repente o gerador pifou. Com a demora a fila foi aumentando e o pessoal ficando impaciente. A organização começou a orientar o pessoal a voltar mais tarde, pois a previsão de volta do sistema era de 1 a 2 horas. Segui a orientação e junto com minha esposa fui fazer aquele tour tradicional pelo Rio (praias, Cristo, Pão de açúcar) e pude comprovar o que eu já sabia de outras estadas na cidade. O Rio continua lindo e você sempre fica amigo de um taxista. Voltei mais tarde para pegar o kit e o sistema estava em pleno funcionamento. Não demorou 5 minutos a entrega, muito ágil. Entrega do numeral, depois você vai para a numeração específica pegar o Kit e na saída o chip já é validado automaticamente, seu nome aparece num grande telão validando o mesmo (muito prático). O chip foi o descartável, igual ao usado na prova da tribuna este ano. O sol e calor do sábado de manhã se transformaram em chuva e frio no final da tarde e noite. Domingo, dia 21 de agosto, dia da prova. Acordei 5:00hs da manhã para o café especial servido pelo hotel para os maratonista. O “amigo taxista” me esperava para levar a largada. O ponto de partida foi na praia de São Conrado. Cheguei no local da prova por volta das 7:00hs, muito vento, chuva e frio. Encontrei abrigo num quiosque junto com outros corredores para nos protegendo do frio. Pude verificar que tinha gente do Brasil e do mundo todo. Gente que estava alí pela 6º, 7º vez. Estava ansioso pelo início da prova, mas o frio e o vento continuavam, dificultando até o aquecimento. Por graça de Deus (ele também queria participar da prova), por volta das 7:40hs simplesmente parou a chuva e o vento. Consegui fazer um bom aquecimento. No local muita gente chegando (foram 19 mil inscritos), mas o apoio do staff era muito bom. Água a vontade, banheiros químicos para todos de sobra, tudo muito tranquilo. A largada foi exatamente as 8h:58min como estava previsto. Da largada do pelotão geral (onde eu estava) até a largada oficial (elite), tínhamos que percorrer aproximadamente 50 mts. Este percurso foi feito andando mas a partir da largada oficial o pessoal já começou a correr. Os 2 primeiros km são de subida pela Av. Neymeier, a dificuldade é muito mais pela quantidade de pessoas do que pela própria subida(pista estreita e muita gente). Logo após vem uma descida e o restante da prova é totalmente plana. Logo na subida o visual da praia de São Conrado é maravilhoso e a paisagem vai ficando cada vez mais bonita, com as praias cheia de gente acompanhando e incentivando. Pessoalmente fui tomada por uma sensação de total euforia, coisa incrível, nunca havia sentido isso. A cada km percorrido me sentia melhor e melhor, queria correr mais e mais. Os km iam passando e eu me sentindo melhor, coisa incrível, inexplicável. Durante o trajeto fui encontrando amigos das corridas aqui de Santos. Passei pelo pessoal da FlexPower (grupo que participa do Santista), pelo pessoal da Unimes-Fefis, por um grupo do Tênis Clube de Santos. Cruzei também com o Marcos Santini do grupo A Tribuna (tomara que ele tenha gostado da prova e traga as coisas boas para os 10 km) e outros amigos das corridas avulsos. Estava no ritmo que havia estipulado ( 5’ por km), numa boa, sem grandes problemas, me sentido muito bem. A organização estava impecável, a cada 2,5 km um posto de hidratação com muuiiiiita água e equipe médica de apoio. No km 10 havia um posto de Gatorade e muita gente dando um tempo para se reidratar. Passei reto e no km 15 estavam as barracas de apoio das equipes (lembrei-me da nossa). Um detalhe interessante, no inicio da prova (próximo a favela da Rocinha e do Vidigal) boa parte do staff era composto pelo pessoal do Bope, com armamento pesado e cara de poucos amigos, tudo pela segurança da prova. Fui em frente e no km 19 estava meu staff particular (minha mulher) me esperava tirando fotos e vibrando com a passagem. Acabei por me desconcentrar um pouco e perdi parcialmente o ritmo, mas o que importava mesmo era a emoção de estar terminando uma prova como aquela. Após 1hora 45 minutos e 18 segundos, finalizei a prova emocionado e vibrando muito com a conquista. Uma prova inesquecível, bem estruturada que vale muito a pena colocarmos na agenda. Posso dizer com muita alegria e emoção: Eu participei !!!! e recomendo a todos. Ano que vem vou novamente.

Por : José Luiz Portolez – Integrante da equipe 4 corredores